A Música
A música é movimento, é emoção, é criatividade. É sonho acalentado por todo ser humano sensível e desejoso de conhecimentos. Ela integra o patrimônio maior que é a cultura, a arte, a história de cada um, a ânsia em poder conhecer uma diversidade de tradições e costumes. Sem dúvida, a música ocupa lugar de destaque. Ela auxilia no aprendizado e no desenvolvimento pessoal em relação às mais diversas disciplinas, da matemática às artes visuais, desencadeando grandes potenciais de sociabilização e de capacidade de concentração. Portanto, a magia da musicalidade precisa e deve ser estimulada e preservada, sendo união entre a interação e o prazer.
Ao dedilhar as cordas do violão, sentimos a música tomar conta do nosso corpo. A energia que passa pelos nossos dedos tem potencial para transformar nossa vida.
É recente a busca por comprovações de que saber ouvir e tocar um instrumento promove estímulos essenciais ao cérebro, tornando-o mais afiado para absorver o conhecimento e ajudar a tratar problemas neurológicos. O tratamento musical pode se transformar em remédio para disfunções como dislexia, déficit de atenção e hiperatividade. Para ler as chaves na pauta, perceber o tempo e o compasso e acertar o ritmo ao instrumento, o cérebro precisa funcionar em alta rotação. Os sentidos trabalham com força máxima. Alterações no comportamento são visíveis a pais e a professores. O poder da melodia e da canção pode ir ainda mais longe: aprender música faz o cérebro funcionar melhor porque a música ativa várias áreas. As conexões neuroniais ficam mais afinadas. E será que isso não pode facilitar outros aprendizados, como a leitura, por exemplo?
A música demanda o uso de várias funções ao mesmo tempo: visão, audição, codificação de sinais, coordenação. É diferente, por exemplo, da leitura ou da atividade física, que utilizam exercícios muito específicos.
Devido a essa complexidade, o aprendizado de um instrumento musical pode proporcionar um melhor desenvolvimento cerebral, com consequentes benefícios ao comportamento e ao aprendizado do aluno.
Dicas para começar.
- As atividades musicais podem começar aos seis meses de idade. Nesta etapa de musicalização, é momento de construir referências, apresentar os instrumentos e explorar os sons.
- A partir dos cinco anos, antes da alfabetização, a criança pode começar a ler partituras.
- Aos seis anos, o aluno escolhe o instrumento de que mais gosta.
- Dos sete aos doze anos é o período de desenvolver a habilidade, elaborando a concentração, a motricidade e o raciocínio lógico.
O ideal é que, até aqui, a dedicação seja exclusiva para um único instrumento de ritmo e harmonia ao mesmo tempo.