Centro de força (chakra) genésico – responsável pelas atividades ligadas ao sexo e à reprodução. Produz as energias que estabelecem a comunhão entre os parceiros e que encontram-se harmonizadas em conformidade com a sua fisiologia e anatomia pela qual se expressa nesta existência, ou seja, em que corpo físico reencarnou: masculino ou feminino.
Quando usada para satisfação dos desejos inferiores, torna-se fator de desequilíbrio. Quando usada com sabedoria e dignidade, para o amor, representa a energia fundamental da vida.
Pensamentos viciados desarmonizam os centros de força e consequentemente o corpo físico. Abusos e desvios sexuais são causados pelo desequilíbrio desse chakra que levam a desregramentos.
Sexo: conjunto de características morfológicas e de energias genésicas que determinam a atração sexual entre os seres. Fonte permanente de energia para realizações construtivas.
Sexualidade: é afetividade, ligada às Leis Divinas do Amor e da Reprodução, manifestação da atração sexual. É também:
* oportunidade de crescimento;
* oportunidade de entendimento;
Importante atentar:
* Como se usa;
* Com quem se usa;
* Para que se usa.
A aplicação de nossa sexualidade exige de cada um educação e controle.
As energias sexuais são poderosas e estabelecem registros em nosso perispírito, podendo gerar, se desequilibradas, conseqüências cármicas das mais diversas, pois ninguém fere a Lei sem ferir a si mesmo.
Havendo a comunhão de energias diferentes (masculina + feminina) há a permuta que resulta na absorção das energias dos planos superiores. No homossexualismo, essas energias são iguais, impedindo a comunhão que permite esse processo, e resultando em constante insatisfação íntima ou um vazio interior, podendo ocorrer distúrbios de conseqüências graves.
A homossexualidade define-se por tendência da criatura para a comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo. Essa propensão não tem explicações na teoria materialista, mas é compreensível à luz da reencarnação: é uma condição da alma humana que não deve ser interpretada como fenômenos espantosos ou ridículos.
Existem três modalidades de homossexuais:
1º - Genérico: atração por pessoas do mesmo sexo;
2º - Travesti: assume a aparência dos de sexo oposto;
3º - Transexual: tem determinado corpo físico, mas sente-se pessoa com sexo oposto.
Causas da homossexualidade – ponto de vista da Doutrina Espírita:
A) Causas morais: abuso das faculdades genésicas em outras existências, resultando na reencarnação em corpo oposto para o reajuste de suas faltas, cobrando-lhe postura mais ética.
Ex: em reencarnação anterior destruiu uniões e lares diversos, sem respeitar os sentimentos e família dos outros.
B) Causas educacionais:
* Atávicas: vivências repetitivas onde sua prática homossexual eram aceitas e estimuladas. Ex: Grécia Antiga, certas tribos indígenas, etc.
* Atuais: defeito de educação nos lares. Pais “frustrados em suas opções”, tendem a estimular os filhos em posturas de liberalidade, inconscientes em relação a comportamentos incestuosos, invertendo estado físico e condição psicológica. O espírito reencarnante, percebendo o desejo dos pais em relação ao sexo oposto ao que possui, inconscientemente adapta-se patologicamente à situação, durante a gestação.
* Sociedade e cultura: os meios de comunicação estimulam e condicionam as criaturas a acharem que são posturas naturais, só dependendo de sua escolha. Agrava a situação daqueles que fizeram esta opção.
C) Causas obsessivas: reencontro de parceiros sexuais de passado delituoso. Estimula no companheiro encarnado postura homossexual viciosa, levando a práticas constrangedoras e muito sofrimento, podendo, em alguns casos, o encarnado invigilante proporcionar esta situação, buscando posições ou locais onde esses comportamentos são aceitos.
D) Causas psiquiátricas:
* Indivíduos presos a processos de deficiência mental ou desestruturação psicótica, com crítica comprometida, permitindo-se condutas sexuais variadas, sem existir compreensão de suas escolhas;
* Transtornos psicóticos: criaturas em condição de amoralidade, vida sem limites, buscando prazeres sem motivo algum;
* Processos de vivências traumáticas na infância: abuso de familiares, levando o ser a adotar práticas semelhantes em sua vida futura. Ou a prática de jogos de sedução e perversão por sexo opostos, provocando ódio intenso, levando à opção pela homossexualidade como forma de rejeitar aquela vivência.
Segundo Emmanuel “O espírito passa por uma fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em posição de masculinidade, sedimentando o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas”. – Vida e sexo, de autoria de Francisco Cândido Xavier.
Torna-se importante frisar que a homossexualidade não ocorre, simplesmente, pela mudança de sexo de uma encarnação para a seguinte. Isto quer dizer que se uma mulher necessitar renascer como homem, ou vice-versa, este fato por si só jamais determinará qualquer comportamento na esfera da homossexualidade.
Considerando que a homossexualidade é uma tendência do espírito que renasce justamente para sanar esse desvio, cabe ressaltar que toda orientação segura visando à superação desse desvio, deve apontar para o reequilíbrio, ou seja, superar a tendência no mesmo sexo, contendo os impulsos e canalizando a energia sexual para atividades que possam enriquecer a alma.
O homossexual que, pela sua condição patológica, insista na satisfação dos sentidos, absorverá, das descargas emotivas do encontro com sexo idêntico, energias da mesma polaridade; isso inundará cada vez mais os vórtices espirituais de substâncias que não se entrosam e muito menos se completam, ocasionando desajustes espirituais muito ampliados.
Esse desajuste deverá ser corrigido, amparado e tratado com respeito. Não perseguido ou discriminado, mas também não encoberto, deixando-se claro que no planeta existem apenas dois sexos de polaridades opostas. A espiritualidade superior esclarece que a reencarnação em sexo diferente do anterior não acarreta distúrbios homossexuais, pois a lei universal do renascimento visa harmonizar as criaturas e não gerar conflitos.
Existem casos nos quais será útil ao espírito renascer, compulsoriamente, em campo sexual oposto àquele em que esteja por abusos e desregramentos. Aí, o nascimento de criaturas com inversão sexual cogita-se de lide expiatória. Acontece na maioria das vezes porque tiranizam o sexo oposto. Nascem com a destinação específica do melhoramento espiritual, jamais sob o impulso do mal, merecedoras, sobretudo de esclarecimento.
A palavra pecado tem origem no vocábulo grego “imartia”, que significa afastar-se da meta.
Nós, espíritos, somos seres perfectíveis, dotados de inteligência e livre arbítrio, porém responsáveis diretos pelas conseqüências de nossas atitudes. Através da pluralidade das existências corpóreas, caminhamos rumo à meta imutável da Lei Divina: a perfeição.
Quando nos afastamos do caminho, afastamo-nos dessa meta, gerando o que chamamos de mal. Todavia, quando retornamos ao caminho, pela mudança de conduta ou reparação das faltas cometidas, restabelece-se a harmonia e o mal deixa de existir. Onde haja o bem, o mal desaparece. O homossexual deve evitar a pederastia e o lesbianismo, a prática sexual com alguém do mesmo sexo.
É no meio familiar que o homossexual deverá encontrar sólidos alicerces preparativos para os embates da vida, contanto com a compreensão e o respeito.
Pela Lei de Justiça Divina, esse espírito está no lugar certo, entre as pessoas certas. Aos pais cabe o esforço permanente para manter sob controle os impulsos da homossexualidade.
Manter sob controle é:
* entender que tal tendência tem raízes no passado;
* perseguir a vitória na luta travada entre o impulso e a razão (ou corpo e o espírito);
* ter disciplina, tentando o equilíbrio das emoções;
* agir com responsabilidade.
A união familiar e a companhia de Jesus constituem sempre a melhor solução. A fé em Deus e a certeza em vidas futuras, juntamente com a prática da oração, a vivência do Evangelho e a vontade, darão ao homossexual outras compensações, pacificando assim corpo e espírito.
Orientar e esclarecer, não reprimir. Rigidez, falso moralismo, dogmas religiosos perturbam o modo de encarar essas disfunções. Devemos ter discernimento e coragem, não lamentações improdutivas, que somente distanciariam o relacionamento.
Divaldo Franco nos diz: “Temos o dever de acompanhar o filho desde a infância, para observar-lhe as tendências e os direcionamentos comportamentais. Se os pais desde cedo, acompanharem o desenvolvimento emocional dos filhos, notarão as primeiras manifestações que os alertarão para o homossexualismo, que, afinal de contas, é uma experiência evolutiva no processo de desenvolvimento dos valores éticos do ser”.
É possível evitar a homossexualidade desde a infância?
Durante a infância, o espírito encarnado não sente a influência da libido e da energia sexual reprodutora, porquanto o seu psiquismo e as funções fisiológicas ligadas à reprodução da espécie ainda não se encontram desenvolvidos para produzir os efeitos das manifestações dessas energias. No entanto, é necessário que se ajuste o psiquismo em formação, através de exercícios mentais e físicos, próprios para as idades física e mental, a fim de condicionarem a prática do controle e da consciência da mente, da disciplina física e emocional, preparando a criança para a puberdade e a adolescência, quando as energias sexuais começarão a se manifestar.
A educação e o bom exemplo moral constituem o amparo para a formação de uma consciência esclarecida e iluminada para o Bem. Ainda que se tenha um conhecimento profundo acerca da sexualidade, o educando poderá perceber e compreender pontos vagos do seu conhecimento se tiver o amadurecimento do senso moral, estimulado e fortalecido pelo entendimento das leis morais e pelos bons exemplos recebidos, principalmente de seus pais. A Providência Divina sempre oferece meios para os pais e educadores de boa vontade, dispostos a cumprir fielmente suas missões.
Contudo, os pais não serão responsáveis pelos erros ou danos morais e, ainda, desvios de natureza, causados pelo mau uso do livre-arbítrio de seus filhos, se estes receberam o bom exemplo e a devida orientação dentro dos limites das próprias forças físicas e morais.
Considerando que nos encontramos em um educandário da vida, para nos corrigir dos desequilíbrios (que devem ser conduzidos para uma vida feliz), deixemos que cada um faça a sua opção, sem o puritanismo que tudo condena e sem o modernismo que tudo alberga, porque cada um vai responder pelo uso que faz da existência conforme as suas resistências.
Emmanuel nos coloca: “Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual”.
Educá-los não será mudar-lhes as tendências no campo sexual-afetivo; será ensiná-los a se comportarem dignamente na posição em que a reencarnação os situou, utilizando o enorme manancial de energia e conhecimento que trazem rumo às construções elevadas do espírito, renunciando à transitoriedade do mundo para a conquista de valores imperecíveis do espírito.
“(...) as criaturas que estagiam nessa experiência, quando quiserem podem alterar os estados de consciência recorrendo à oração,à fluidoterapia, canalizando sua energia genésica para as leituras edificantes, os trabalhos de assistência fraterna, esforçando-se pelo seu aprimoramento moral”, conforme nos esclarece Divaldo Franco. A ajuda médica (quando necessária) e a meditação também serão instrumentos para vencer as aflições interiores”.
Nosso devotamento como pais de ser:
• Incentivá-los a conhecerem a si mesmos;
• Disciplinar e responsabilizá-los pelos seus atos;
• Esclarecer-lhes a razão;
• Elevar-lhes os sentimentos;
• Ministrar-lhes noções de religiosidade;
Construímos com essa postura o Equilíbrio, fazendo-os entender que o espírito prossegue e, quando obterem a vitória espiritual em suas lutas, estarão conquistando maior resistência e sublimando os sentimentos rumo à verdadeira afetividade, pura e cristalina no manancial do amor. Através do Evangelho obteremos as respostas e a linha de ação no que tange o direcionamento dos nossos desafios.
O exercício contínuo da caridade, o estudo, o lazer e as ações de fraternidade constituem práticas convergidas em aspiração evolutiva espiritual, substituindo hábitos infelizes.
Entendendo que estamos aqui num processo de cura das nossas almas, cada um com um desafio em particular, depreenderemos que, muitas, vezes o remédio será amargo. Todavia, a cura real só acontece de dentro para fora. Ninguém poderá impor nada àquele que não está disposto a pagar o ônus da reforma interior, único remédio para todas as nossas mazelas. Cada um tem o seu tempo de despertar.
Mesmo sendo a evolução espiritual, um processo lento e gradativo, a Divindade saberá avaliar todos os nossos esforços. Quando temos a vontade de vencer estamos sendo sustentados, amparados. Quando fraquejamos somos socorridos e reerguidos até que tenhamos atingido a perfeição, estágio que nos colocará acima de todos os nossos erros.
Ana Cláudia de Menezes
FONTES:
- Um Desafio chamado Família -Volume 1 – Joamar Nazareth;
- Sexo Problemas e Soluções – Emídio Brasileiro e Masrislei Brasileiro;
- Forças Sexuais da Alma – Jorge Andréa;
- Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier;
- Espiritismo Uma Visão Panorâmica – Wilson Czerski;
- Sexo: Sublime Tesouro - Eurípedes Kühl;
- O Livro dos Espíritos – Allan Kardec;
- Desafios da Vida Familiar – J.Raul Teixeira;
- S.O.S. Família – Divaldo Franco.