Quarto encontro __/__/__ A mulher adúltera – o perdão


         Objetivo: mostrar a importância do perdão. Quando perdoamos nós saímos ganhando.

         1º momento – música/harmonização: cantar o nome de cada idoso presente.
         “Oi fulano, que bom que estás aqui”.

         Músicas de integração.
         Sugestões: Quem é que não tem defeito?, Doce Paz, Lições do Cristo, Amar como Jesus amou.

         2º momento – história: contar a passagem da mulher adúltera
         Certo dia Jesus estava em Jerusalém quando viu um grupo de fariseus, em meio a um grande alvoroço. Tratava-se de uma jovem mulher que aparentemente havia sido apanhada em flagrante adultério.
         Entre o povo de Israel, a definição de adultério não era a mesma para o homem e a mulher. O homem somente era acusado de adultério se tivesse relações com uma mulher casada ou noiva, porque, entendia-se, agredia outro homem. A mulher, adulterando, agredia o matrimônio.
         Suspeita de adultério, era submetida à prova da água amarga. Devia beber uma monstruosa bebida à base de pó apanhado no Templo. Se vomitasse ou ficasse doente, era considerada culpada. Surpreendida em flagrante, a pena era a morte.
         Os fariseus submetem a adúltera ao julgamento de Jesus. Em verdade, embora tivessem olhos de lince para todas as faltas do próximo, a questão daquela hora visava muito mais aproveitar o incidente para armar uma cilada ao Profeta de Nazaré do que zelar pela pureza do matrimônio.
         Eles a jogaram no chão e ela ali ficou, sem coragem sequer de erguer os olhos. Sabia que delinquira e conhecia a penalidade. Sabia, igualmente, que ninguém dela se apiedaria. Ninguém, senão Ele.
         Enquanto a indagação dos fariseus aguarda uma resposta do Rabi, sobre a pecadora, Ele se inclinou e traçou na areia do pavimento palavras misteriosas.
         Narram diversos intérpretes do texto evangélico, que Ele grafava a marca moral do erro de cada um. Curiosos, os que ali esperavam a sentença de morte, para se extasiarem no espetáculo de sangue e impiedade, podiam ler: ladrão, adúltero, caluniador... Em síntese, as suas próprias mazelas morais.
         Crescia a expectativa. Jesus se ergueu, percorreu o olhar perscrutador pela turbamulta dos acusados, que sentiu atingir-lhes a intimidade, e disse tranquilamente: “Aquele dentre vós que estiver sem erro, atire-lhe a primeira pedra.”
         Em silêncio, os circunstantes se afastaram, um a um. No meio da indecisão geral, Jesus tornou a traçar na areia sinais enigmáticos. Quando o silêncio se fez, Ele se levantou. Ali estava a mulher à espera do seu castigo. Se todos os demais haviam partido, ela devia esperar da parte d’Ele a sentença e a execução. O Divino Pastor considerou a fragilidade do ser humano e, compadecido com suas misérias morais, lhe disse: “Mulher, onde estão aqueles que te acusavam? Ninguém te condenou?” “Ninguém, Senhor” - ousou responder à meia-voz. Então, em vez do sibilar mortífero das pedras, ela ouviu as palavras do perdão e da vida: “Nem eu tão pouco te condeno: vai e não tornes a pecar!”

         3º momento - vivência: pedir que os idosos usem a imaginação e façam o que for pedido. Começar explicando que alguém atirou uma pedra neles e que cada um deve ficar com a pedra para devolvê-la quando a pessoa aparecer. Só que essa pedra não pode ser largada nunca. Assim, todas as atividades que eles realizarem devem estar carregando a pedra em uma das mãos.
         As pedras poderão ser representadas por bolinhas. Deverá ser distribuída uma bolinha para cada idoso. Com uma das mãos sempre segurando a pedra, realizar as seguintes atividades: bater palmas; comer uma bala, passar Jesus entre eles, lembrando sempre que não podem largar a bola/pedra.
         Perguntar após cada atividade se foi fácil ou se encontraram alguma dificuldade. Mesmo que alguns digam que acharam fácil, deve ser ressaltada a dificuldade.
         E se guardaram a pedra para devolver a pessoa que atirou e ela nunca mais aparecer? Adiantou guardar a pedra?
         Solicitar que eles imaginem que o que eles seguraram não foi uma pedra, mas uma ofensa, uma mágoa que não foi perdoada. Será que uma mágoa, uma ofensa atrapalha a vida de quem a carrega? Sim. Será um peso, como a pedra. Machuca como a pedra, impede quem a carrega de fazer uma porção de coisas boas.
         Como perdoar? Esquecendo a ofensa. Não ficar lembrando, não ficar contando o que aconteceu para todas as pessoas que encontrar, não desejar o mal. Se relembramos, sofremos de novo. Perdoar com o coração.
         Quando perdoar? Sempre. Lembrar da passagem em que Pedro se aproxima de Jesus e lhe pergunta: Senhor, quantas vezes perdoarei ao meu irmão quando pecar contra mim? Será até sete vezes? Jesus lhe respondeu: Não vos digo que apenas sete vezes e sim setenta vezes sete vezes. Ou seja, não há limites para o perdão. Jesus nos ensina a perdoar sempre.
         O perdão é muito importante na nossa vida, como somos felizes quando somos perdoados e quando perdoamos, especialmente aqueles que mais amamos! O sentimento do perdão precisa ser cultivado em nossos corações! Todos os dias! Cuidado, adubado... assim como uma flor, um jardim! Nosso coração é como um jardim, onde cultivamos e deixamos florescer os bons sentimentos, como o perdão!

         4º momento – socialização: momento livre para integração com os idosos.



         

[Projeto Semeadores]